Eles tinham tudo. Eram ricos. Muito ricos!
Eles tinham tudo. Eram ricos. Muito ricos! Tinham amigos, poucos. Família com pais, avós, tios, primos, e tudo o mais que constitui uma família feliz. Moravam num apartamento simples por opção, porque gostavam de viajar e viajavam sempre que queriam. Considerado simples por quem esta acostumado com todo luxo que o dinheiro pode comprar, era um apartamento num dos edifícios mais caros da cidade.
Já haviam estado em vários lugares do mundo, tinham feito um safari na África, passearam de camelo no deserto de Gizé, ao lado das Pirâmides do Egito, um cruzeiro pelas ilhas gregas, peregrinação na Terra Santa, Machu Pichu, atravessaram o Lago Titicaca, exploraram cavernas, espeleologia, viajaram em lombo de mulas e a cavalo, navegaram na foz do Rio São Francisco, assistiram o encontro entre o Negro e o Solimões, mergulharam em colônias de corais, pesca em alto mar. Paris, Roma, Rio de Janeiro, Buenos Aires... São algumas das cidades que eles gostavam de estar e caminhavam com desenvoltura nas suas ruas, sempre misturados à população nativa. Passaram uma semana em Nova York só para ir ao teatro, foram sete dias de Broadway. Algumas vezes faziam isso para "tomar um banho de civilização", como costumavam chamar essas pequenas estravagâncias.
Não havia limite no que eles podiam fazer. Eles podiam ser tudo o que quisessem. A sua coleção de fotos era quase tão grande quanto a sua biblioteca, constituída desde livros técnicos acumulados com fartura durante a faculdade, clássicos da literatura em vários idiomas, psicologia, filosofia, parapscologia, espalhados por todos os cômodos do seu apartamente e da sua casa de campo. Estudavam muito. A vida tinha sido generosa com aquele casal, e continuava cada vez mais generosa.
Como todas as pessoas com poder de fato, não aparentavam. Seus vizinhos nem imaginavam quem eram aqueles dois nem o que eles representavam. Aparentemente um casal normal, com uma vida normal, ela trabalhava, ele trabalhava, tinham uma vida aparentemente normal. Sua filha estudava numa escola normal, de uma cidade normal, muito perto da capital do estado, centro financeiro da América do Sul. Perto o suficiente para atender as necessidades de seus negócios e de suas viagens e longe o bastante para não chamar a atenção, onde ainda se pode viver em relativa segurança. Curiosamente, aquela cidade tinha o menor índice de violência registrado nas estatísticas oficiais, não tinha desemprego, nem favelas... parece que uma "força" protegia seus habitantes do mal, das grosserias daquele fim de século, fim de era, começo de uma nova raça.
Uma cidade acentada sobre um planalto de cristais, segundo Geraldo de Pádua, médium reconhecido internacionalmente, que por muito tempo militou nas curas psíquicas, e depois abandonou as capas das revistas para seguir o seu caminho evolutivo trabalhando noutras necessidades, necessidades humanas. Um médium que conheceu de perto as angústias e as ansiedades humanas. Grilhões modernos de manutenção do espírito escravo.
Acontece que o seu trabalho era um pouco diferente do que se está acostumado a chamar de trabalho. Eles realmente não trabalhavam para a ganhar dinheiro, nem para pagar as contas, porque as contas se pagavam sozinhas, e o dinheiro vem fácil e frequentemente para eles. É claro que eles não são os únicos que têm esse tipo de trabalho, uma responsabilidade nem imaginada para a maioria das pessoas, adestradas à vida baseada no mês e no salário. São muitos espalhados ao redor do planeta, que compartilham suas experiências e "dirigem" os acontecimentos de maneira a atender à necessidade de evolução de toda uma raça. Mesmo suas viagens de lazer não são simples viagens de lazer.
Estão sempre dispostos. Sempre disponíveis. Sempre têm tempo para qualquer atividade que se lhes peça. Aparentemente é porque são muito ricos, mas na verdade parece que eles também têm certo controle sobre a disposição do tempo. Dispõe do tempo à sua vontade. Uma vez eu ouvi deles algo mais ou menos como: "Seja feita a sua vontade, que é a mesma... Se não, não seriam feitos à imagem e semelhança." Você poderia identificar gente assim somente pela observação do tempo verbal que utilizam.
Foi numa manhã de outono, quando logo nos primeiros dias de Áries, quando o ano (re)começa, que eles (re)conheceram um senhor, homem já dos seus 70 anos de idade, que havia sido um dos maiores exportadores de café do Brasil. Havia perdido tudo. Havia recuperado tudo e muito mais.
Já haviam estado em vários lugares do mundo, tinham feito um safari na África, passearam de camelo no deserto de Gizé, ao lado das Pirâmides do Egito, um cruzeiro pelas ilhas gregas, peregrinação na Terra Santa, Machu Pichu, atravessaram o Lago Titicaca, exploraram cavernas, espeleologia, viajaram em lombo de mulas e a cavalo, navegaram na foz do Rio São Francisco, assistiram o encontro entre o Negro e o Solimões, mergulharam em colônias de corais, pesca em alto mar. Paris, Roma, Rio de Janeiro, Buenos Aires... São algumas das cidades que eles gostavam de estar e caminhavam com desenvoltura nas suas ruas, sempre misturados à população nativa. Passaram uma semana em Nova York só para ir ao teatro, foram sete dias de Broadway. Algumas vezes faziam isso para "tomar um banho de civilização", como costumavam chamar essas pequenas estravagâncias.
Não havia limite no que eles podiam fazer. Eles podiam ser tudo o que quisessem. A sua coleção de fotos era quase tão grande quanto a sua biblioteca, constituída desde livros técnicos acumulados com fartura durante a faculdade, clássicos da literatura em vários idiomas, psicologia, filosofia, parapscologia, espalhados por todos os cômodos do seu apartamente e da sua casa de campo. Estudavam muito. A vida tinha sido generosa com aquele casal, e continuava cada vez mais generosa.
Como todas as pessoas com poder de fato, não aparentavam. Seus vizinhos nem imaginavam quem eram aqueles dois nem o que eles representavam. Aparentemente um casal normal, com uma vida normal, ela trabalhava, ele trabalhava, tinham uma vida aparentemente normal. Sua filha estudava numa escola normal, de uma cidade normal, muito perto da capital do estado, centro financeiro da América do Sul. Perto o suficiente para atender as necessidades de seus negócios e de suas viagens e longe o bastante para não chamar a atenção, onde ainda se pode viver em relativa segurança. Curiosamente, aquela cidade tinha o menor índice de violência registrado nas estatísticas oficiais, não tinha desemprego, nem favelas... parece que uma "força" protegia seus habitantes do mal, das grosserias daquele fim de século, fim de era, começo de uma nova raça.
Uma cidade acentada sobre um planalto de cristais, segundo Geraldo de Pádua, médium reconhecido internacionalmente, que por muito tempo militou nas curas psíquicas, e depois abandonou as capas das revistas para seguir o seu caminho evolutivo trabalhando noutras necessidades, necessidades humanas. Um médium que conheceu de perto as angústias e as ansiedades humanas. Grilhões modernos de manutenção do espírito escravo.
Acontece que o seu trabalho era um pouco diferente do que se está acostumado a chamar de trabalho. Eles realmente não trabalhavam para a ganhar dinheiro, nem para pagar as contas, porque as contas se pagavam sozinhas, e o dinheiro vem fácil e frequentemente para eles. É claro que eles não são os únicos que têm esse tipo de trabalho, uma responsabilidade nem imaginada para a maioria das pessoas, adestradas à vida baseada no mês e no salário. São muitos espalhados ao redor do planeta, que compartilham suas experiências e "dirigem" os acontecimentos de maneira a atender à necessidade de evolução de toda uma raça. Mesmo suas viagens de lazer não são simples viagens de lazer.
Estão sempre dispostos. Sempre disponíveis. Sempre têm tempo para qualquer atividade que se lhes peça. Aparentemente é porque são muito ricos, mas na verdade parece que eles também têm certo controle sobre a disposição do tempo. Dispõe do tempo à sua vontade. Uma vez eu ouvi deles algo mais ou menos como: "Seja feita a sua vontade, que é a mesma... Se não, não seriam feitos à imagem e semelhança." Você poderia identificar gente assim somente pela observação do tempo verbal que utilizam.
Foi numa manhã de outono, quando logo nos primeiros dias de Áries, quando o ano (re)começa, que eles (re)conheceram um senhor, homem já dos seus 70 anos de idade, que havia sido um dos maiores exportadores de café do Brasil. Havia perdido tudo. Havia recuperado tudo e muito mais.
Comentários