A Felicidade Não é Um Acaso: a sabedoria da mistura platônica e a bússola da vida moderna
Introdução: O paradoxo da felicidade moderna Vivemos na era da informação e da escolha ilimitada, mas o mapa da felicidade parece mais confuso do que nunca. O que é uma vida boa? É uma busca incessante por prazer? É uma dedicação ascética ao propósito? O especialista em felicidade de Harvard, Arthur Brooks , argumenta que a bússola para desvendar este paradoxo já existia há mais de dois mil anos. Sua tese central é poderosa: a filosofia clássica não apenas forneceu as categorias (prazer vs. virtude) , mas também prescreveu a solução (o equilíbrio) que a ciência moderna, através da Psicologia Positiva , agora valida. 1. O Diagnóstico Clássico: reducionismo e matizes Brooks simplifica as abordagens sérias à felicidade em duas tradições gregas: 1.1. O Apelo da Hedonia ( Epicurismo ): A hedonia moderna (o desfrute e o prazer) encontra sua raiz no Epicurismo. Contudo, a interpretação de Brooks é uma modernização. Para Epicuro , a verdadeira felicidade não era a maximização de prazere...